Wednesday, November 29, 2006

3 de Dezembro de 2006

1º Domingo de Advento

PREPARO-ME


Advento,
anuncio de alegria
promessa de luz,
certeza que,
uma vez passado o Inverno,
a vida renascerá.

Advento,
tempo de espera,
dia bendito
para levantar a cabeça
e ver-te chegar,
para abrir os ouvidos
e entender a voz.

Advento,
começo de um novo caminho,
espaço de oração
e de reconhecimento dos sinais
no intimo de cada pessoa,
para que também no coração da escuridão
brilhe um clarão,
vacile uma chama,
desabroche a esperança.

(breve silêncio)

Todos:
Deus do meu passado
Deus do meu presente,
Deus do meu futuro:
Marana-thá!
Vem, Senhor Jesus!

ESCUTO

Do Evangelho segundo São Lucas

Lc 21, 25-28.34-36

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela devassidão, a embriaguês e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele sobrevirá sobre todos os que habitam a terra inteira. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para terdes a força de vos livrar de tudo o que vai acontecer e poderdes estar firmes na presença do Filho do homem».

PENSO



Durante uma tempestade, foi pedido a um marinheiro, ainda pouco experiente das lides do mar, para subir para o mastro para recompor as cordas.
O marinheiro subiu rapidamente o mastro e executou a ordem. Quando, porém, começou a descer, ao olhar para o mar enfurecido, foi apanhado pelo pânico.
“Falham-me as forças! - gritou - não consigo segurar-me!”
O ajudante, por sua vez, lhe gritou: “Não olhes para baixo! Olha para cima!”
O marinheiro, com muito esforço, virou o seu olhar para o alto e, readquirida a calma e a confiança, conseguiu terminar a descida.

Quando somos atingidos pelo medo, pela angústia ou pelo desânimo, olhemos para o Senhor com confiança e humildade. A sua graça sustentar-nos-á.

A esperança
é o conforto
da nossa vida.

REZO


Pai santo,
sempre fiel às vossas promessas,
levantai a cabeça da humanidade oprimida pelos muitos males
e abri os nossos corações à esperança,
para que saibamos esperar sem perturbação nenhuma,
o regresso glorioso de Cristo nosso salvador.
Ele que vive e reina convosco
na unidade do Espírito Santo

Thursday, November 23, 2006

26.11.2006

Fesa de Cristo Rei

PREPARO-ME



Rei Celeste, Consolador,
Espírito da Verdade
que estás presente em todo o lado,
tesouro de bens e dador de vida,
vem e habita em nós
e purifica-nos de toda a mancha de pecado
e salva, Tu que és bom,
as nossas vidas.

ESCUTO

Do Evangelho segundo São João

Jo I8, 33b-37

Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe: «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?» Disse-Lhe Pilatos: «Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?» Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus.Mas o meu reino não é daqui». Disse-Lhe Pilatos: «Então, Tu és Rei?» Jesus respondeu-lhe: «É como dizes: sou Rei.Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».



PENSO


«Todo aquele que é da verdade
escuta a minha voz» Jo 18,37

ESCUTAR

«Escuta, Israel». Assim começa a citação bíblica que Jesus proclama – no XXXI Domingo - para definir «o primei­ro de todos os mandamentos» (Marcos 12,28-34). Estas palavras são o princípio de um texto lindíssimo do capítulo 6 do Deuteronómio que o hebreu continua a re­citar todos os dias e que é chamado assim pela primeira palavra hebraica Shema " ou seja, «Escuta».

Costuma dizer-se que a espiritualidade bíblica está ligada por excelência à escuta, ao ser a palavra o meio de comunicação da Revelação: «Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; vós não as escutais, porque não sois de Deus... Felizes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática» (João 8,47; Lucas 11,28).

Poder­-se-iam multiplicar as citações deste gé­nero em que o verbo «escutar» vai muito além do puro e simples «ouvir», para in­dicar adesão, acolhimento amoroso, com­promisso. Com efeito, um estudioso da Bíblia escreve:
«A escuta da palavra de Deus supõe também um empenho moral para nos convertermos, para viver a nossa vida segundo os mandamentos da Palavra de Deus. Não se trata só de prestar atenção para obter um conhecimento, mas sobre­tudo de abrir o coração à obediência».

É significativo notar que em hebraico «obedecer» se expressa com o termo «es­cutar».
Por isso, no livro do Êxodo se diz que ao escravo se lhe perfura a orelha (21,6),
precisamente para lhe recordar a obrigação de escutar -obedecer ao seu patrão.

No Salmo 40 o salmista, para afirmar a sua total consagração a Deus, afirma que não oferecerá sacrifícios exteriores,
mas toda a sua existência porque o Senhor lhe perfu­rou a orelha,
isto é, fê-lo seu para sempre:
«Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me (literalmente «perfuraste­-me») os ouvidos para escutar» (v. 7).
A verdadeira escuta é, pois, o amor.

REZO



Tantas vezes, Senhor, quiseram aclamar-te Rei:
Na multiplicação dos pães, depois de grandes milagres…e sempre fugiste!
E agora, só, quando todos Te abandonaram, quando até os discípulos fugiram,
respondes a Pilatos: «É como dizes, sou Rei».

A tua realeza, Senhor, nada tem a ver com os soberanos do mundo:
A tua coroa é uma coroa de espinhos,
o teu ceptro, uma cana!
Foi pelo teu Sangue que nos libertaste
e fizeste de nós um reino de sacerdotes.
Foi pela tua morte na Cruz,
foi pela tua Ressurreição dentre os mortos,
que Te tornaste o «Alfa e o Ómega»,
a quem “foi entregue ao poder, a honra e a realeza” ,
um “poder que é eterno, um reino que não será destruído”.

A nós, que fomos constituídos “um reino de sacerdotes”, ensina-nos, Senhor, a recusar todas as honras e glórias, com excepção da única grandeza: aquela de que nos deram exemplo
Isabel de Portugal e da Hungria, Teresa de Calcutá:
A grandeza de servir os mais pobres.
Assim construiremos o teu REINO.
Assim serás REI DO UNIVERSO.

19.11.2006

33º Domingo
Tempo Comum
Ano B

Thursday, November 16, 2006

PREPARO-ME



Senhor Jesus,
ao visitar esta tua comunidade,
que pela tua Palavra se encontra contigo,
reforça a nossa fé e a nossa união.
Faz-nos experimentar
que estás vivo no meio de nós.
O Espírito Santo
que nos introduz no teu mistério,
abra as nossas inteligências
à compreensão da tua Palavra que vamos ouvir,
para que ao acreditarmos nela
a vivamos também.

ESCUTO

33º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Do Evangelho segundo São Marcos


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho;só o Pai».

Mc 13, 24-32

PENSO


A Palavra apresenta-nos a vinda do Senhor, de maneira apocalíptica, provocando uma perturbação cósmica e, quase, um regresso ao caos primitivo.Esta visão, longe de provocar angústia e desânimo, leva-nos à confiança e à esperança, graças ao amor do Senhor por nós. Somos chamados a avaliar as nossas acções, a rever o nosso caminho, a pôr em discussão as nossas escolhas e a programar um novo caminho.Não prevaleça o medo do julgamento e do castigo, mas sim a esperança e a certeza do encontro alegre com o Senhor da vida. O olhar fixo em Jesus dá-nos a certeza da vida para além da morte e da salvação. Porém é necessário o nosso empenho, o nosso contributo para uma nova criação.- O que é que nos mete medo do Julgamento do Senhor?

(tirada de «FreiDito» - Igreja dos Terceiros - em http://www.diocesedeviseu.pt/)

REZO



As palavras de hoje, não faço mistério,
são palavras que podem meter medo.

Metem medo a todos aqueles
que não desejam mudar para nada,
que se constroem o seu cantinho,
que, se tudo estiver a correr mal,
preferem fugir .

Metem medo àqueles
que tem os seus interesses,
os seus prazeres para satisfazer,
as suas ambições para conseguir,
o seu mundo para construir.

Mas para aqueles que esperam num mundo melhor
que estão disponíveis a perder algo de seu
sem remorsos,
para aqueles que desejam ver desabrochar
a fraternidade sobre a terra,
para aqueles que esperam que acabem as guerras,
as injustiças e toda a violência,
para todas estas pessoas
as tuas palavras de hoje
dão asas à esperança.

Seja bem-vindo portanto o desnorteamento
e até o sofrimento,
se a partir dai nascer um mundo novo,
aquele mundo novo que tu Jesus prometes,
aquele mundo novo que tu inauguraste
com o dom da tua vida.